sexta-feira, 28 de junho de 2013

Maktub! Estava Escrito de Malba Tahan


Uma breve nota sobre quem é Malba Tahan. 

Malba Tahan nasceu em 1885 na aldeia de Muzalit, Peninsula Arábica, perto da cidade de Meca, o centro religioso do islamismo. Estudou no Cairo e em Constantinopla, foi perfeito da cidade de El-Medina e aos 27 anos, iniciou uma viagem pelo Japão, Rússia e Índia, em virtude de ter recebido uma herança por parte do pai. Morreu em 1921 na luta pela libertação de uma tribo na Arábia Central.

Até aqui nada de extraordinário na vida deste escritor, a não ser o “simples” facto de que Malba Tahan foi criado por Júlio César de Mello e Souza, professor de matemática extremamente criativo, que nasceu no Rio de Janeiro em 1895. Como era um apaixonado pela cultura árabe e pelos contos das “Mil e uma noites”, criou o seu heterónimo que rapidamente conquistou bastante sucesso.

Júlio César de Mello e Souza viveu até aos 79 anos (faleceu em 1974), deixando um conjunto de 69 livros de contos, dos quais se destacam, pelo seu sucesso, “O Homem que calculava” e “Maktub! Estava escrito”


Sinopse :

“Em Maktub! Saberá como o jovem Fauzi Nalik foi forçado a fugir depois de ter pintado o retrato do rei Mahendra, que tinha um nariz disforme. Descobrirá o segredo do sábio da Efelogia, aquele que sabia tudo sobre as palavras iniciadas por F. Porque é que qualquer historiador que queria relacionar os soberanos cruéis que dominaram as terras do Islão teria forçosamente de incluir o nome do sultão Ali-Hassan El-Muttalid?...

E muito mais, em cerca de quarenta extraordinárias histórias, sempre surpreendentes, que revelam de um modo surpreendente o mistério do mundo árabe. “

Um livro de contos curtos, na sua maioria sobre a cultura árabe e o modo de pensar deste povo, mas de uma forma mais fantasiosa e afastada da realidade, aproximando-nos mais dos contos das mil e uma noite.

O seu nome significa, como se encontra referido no próprio livro:

“Maktub, particípio passado do verbo Ktab (escrever), é a expressão característica do fatalismo muçulmano. Maktub significa “estava escrito” ou “tinha de acontecer”.

Aliás, o conceito de fatalismo, no Alcorão, em nada difere da forma como se apresenta na Bíblia. Quando o árabe, nos momentos de angústia, exclama Maktub! não declara, com essa expressiva palavra, um grito de revolta contra o destino. Maktub é apenas uma fórmula clássica, perfeitamente ortodoxa, por meio da qual o crente reafirma que o seu espírito está plenamente conformado com os desígnios insondáveis da vontade de Deus.”


É uma leitura muito agradável, simples, leve e divertida, boa para uns momentos de distracção e relaxamento.

3 comentários:

  1. Olá amiga,

    Não tinha percebido que tinhas comentado este livro, escapou-me, mas pelo que percebo deve ser muito agradável de ler, pois tem fantasia e acaba por nos mostrar uma cultura diferente do que estamos habituados a ler e ainda assim sempre muito misteriosa.

    E a história do escritor é sem duvida fantástica.

    Quem sabe se um dia não te venha e pedir emprestado, parece valer bem a pena :)

    Bjs e boas leituras

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  2. Olá Fiacha
    Já sabes que quando o quiseres te emprestarei, é só dizeres, mas deixa avisar-te que o lês num instante. É de facto muito agradável e lê-se muito bem. Histórias pequenas e divertidas.
    Bj e obrigada pela visita
    Boas leituras
    :)

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  3. Olá, sabe e pode me indicar onde acho esse livro em pdf? Desde já agradeço :]

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